Os efeitos secundários comuns dos tratamentos do cancro do pulmão dependem da terapia utilizada, sendo que por exemplo a cirurgia pode implicar dor no tórax durante algum tempo.
Por outro lado, a quimioterapia tem como principais efeitos secundários a queda de cabelo, a diarreia, a mucosite e algumas alterações na medula óssea (produção diminuida dos glóbulos brancos com maior risco de infecções) , dos glóbulos vermelhos (anemia) e das plaquetas (propensão a ter mais hemorragias).
Nos últimos anos, foram desenvolvidos novos fármacos para a prevenção e tratamento dos efeitos secundários da quimioterapia, por exemplo, para as náuseas e os vómitos, ou para as alterações excessivas da medula óssea.
A imunoterapia também pode causar alguns efeitos indesejáveis, sendo os mais frequentes fadiga, alterações cutâneas e na produção de algumas hormonas (ex tiróide) que podem ser facilmente substituídas.
Também a radioterapia causa sintomas menos agradáveis, como por exemplo fadiga, perda de apetite, entre outras. Quando é administrada no pescoço ou no meio do tórax, os doentes podem sentir dor de garganta e problemas de deglutição (engolir), bem como irritação na pele.
A maioria destes efeitos secundários desaparece assim que termina o tratamento. Contudo, a tosse, ou a falta de ar (dispneia) que podem surgir após a radioterapia, mantêm-se, por vezes, durante vários meses, prolongando-se, raramente, por alguns anos após o término do tratamento.
Acompanhamento
Depois do tratamento, o doente é informado a respeito da frequência com que deve fazer reavaliações no hospital e do tipo de cuidados que precisa ter/manter no domicilio. Além disso, fica a saber que atividades da sua vida quotidiana pode continuar a ter normalmente, ou se irá necessitar de modificar/adquirir novos hábitos.
Recaídas
Existem várias estratégias de tratamento e seguimento no caso de um doente sofrer uma recaída. A cirurgia costuma ser indicada em poucas ocasiões, sendo uma opção sobretudo no caso de metástase cerebral única ou na hipótese de reaparecimento do tumor pulmonar numa zona próxima da inicial.
A radioterapia surge aqui como um cuidado paliativo para controlar a dor ou para melhorar o funcionamento das estruturas vasculares ou nervosas já danificadas. Quanto à quimioterapia ou imunoterapia, utiliza-se para se conseguir reduzir as lesões, melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevivência.