Conselhos úteis
Guia para o Cancro do Pulmão
Saiba tudo sobre a doença: descarregue o manual de orientação do doente oncológico.
Não fume
A relação bem estabelecida entre o cancro do pulmão e o tabagismo faz com que o aconselhamento de deixar de fumar faça parte do tratamento. Foi descrito que deixar de fumar diminui o risco de o cancro voltar a aparecer (recorrência). A melhor prevenção contra o cancro do pulmão é não fumar ou deixar de o fazer o quanto antes.
Mais de
90%
dos diagnósticos de cancro do pulmão estão relacionados com o conumo de tabaco.
Das
4.000
substâncias contidas no fumo, aproximadamente 50 são potencialmente causadoras de cancro.
O tabaco deixa marcas no organismo, uma vez que as suas doses são cumulativas, pelo que é possível o aparecimento de um cancro do pulmão mesmo
20 anos
depois de se deixar de fumar.
Também está demonstrado que a quantidade de cigarros consumidos influencia de forma direta o risco de desenvolver a doença.
Mas, não são apenas os fumadores que correm o risco de desenvolver doença. Múltiplos estudos confirmam que o tabagismo passivo (inalar o fumo do tabaco proveniente de um fumador) é um factor de risco para desenvolver, entre outras doenças, o cancro do pulmão.
Pratique exercício com moderação
A sensação de cansaço poderá ser uma das consequências da doença e dos tratamentos para o cancro. Os doentes têm frequentemente maior dificuldade em realizar as suas actividades diárias e custa-lhes muito mais fazer exercício.
No entanto é recomendado que as pessoas com cancro façam exercícios adaptados às suas necessidades pessoais para que possam sentir uma melhoria física e anímica.
Mantenha uma atitude positiva
O estilo de vida saudável terá um impacto positivo não só no humor como na saúde global do doente. Os hábitos de vida saudáveis são a melhor ajuda para prevenir, enfrentar e superar o cancro do pulmão, além de que favorecem uma atitude positiva em relação à doença.
É importante manter um estilo de vida saudável, tendo atenção à alimentação e, se possível, realizar alguma actividade física adaptada às capacidades de cada doente.
Em relação à alimentação, recomenda-se que o doente consulte um nutricionista especializado em oncologia para receber aconselhamento sobre o regime nutricional adequado a manter, em colaboração com a equipa médica, para manter um melhor estado de saúde…
As recomendações gerais para uma dieta saudável consistem em comer de forma equilibrada, evitando açúcares e farinhas refinadas. É consensual a recomendação de evitar sempre que possível o consumo de carnes vermelhas, dando preferência a outras fontes de proteína como ovos, peixe e carne de aves.
É incentivada a ingestão de frutas e verduras frescas, legumes, cereais integrais de grão inteiro, frutos secos e sementes que, além de promoverem a saciedade, proporcionam vitaminas e minerais essenciais para contribuir para o evitar da progressão do cancro.
Em resumo, seguir uma dieta equilibrada com estas características não só ajudará a manter o controlo do peso, como também a aumentar a vitalidade do organismo e a potenciar as defesas do doente.
Consulte a informação adequada
A informação mais fiável é sempre proporcionada pelo médico especialista; no entanto, muitas vezes, surgem dúvidas ao longo da doença que podem ser consultadas e resolvidas procurando outras fontes de informação.
A Internet é um recurso acessível e pode ser útil, mas apenas se acedermos a sites de confiança, como p. ex. sites de sociedades científicas ou de associações de doentes. Na secção Quer saber mais, pode encontrar fontes de informação de interesse.
Manifeste a sua vontade sobre os cuidados de saúde
O testamento vital é um direito e uma escolha disponível para todos os cidadãos portugueses maiores de idade, sendo um recurso importante para os doentes oncológicos uma vez que nele podem manifestar antecipadamente a sua vontade no que respeita aos cuidados de saúde que desejam ou não receber no futuro, no caso de, por qualquer razão, se encontrarem incapazes de expressar a sua vontade pessoal e autonomamente.
O testamento vital tem uma validade de
5 anos
e pode ser alterado, a qualquer momento, ou cancelado pelo titular. Neste documento é também permitida a nomeação de um procurador de cuidados de saúde para decidir em seu nome e de acordo com a sua vontade presumida.
Descrita a vontade do doente no que respeita aos cuidados de saúde que desejam ou não receber no futuro, o doente oncológico, tal como qualquer cidadão maior, poderá querer ainda realizar um testamento no qual expressa a sua vontade relativamente a como devem ser distribuídos os seus bens quando morrer. Será, assim, uma forma de evitar os conflitos familiares que muitas vezes ocorrem nas partilhas das heranças. O testamento é um documento legal, pelo que para ser válido deve obedecer a um conjunto de regras.
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PT-NON-02288 04/2023