A maioria das pessoas com carcinoma de células renais (ou cancro do rim), tem doença localizada no momento do diagnóstico, o que significa que o tumor não se espalhou para lá do local onde começou. Este tipo de cancro tem uma probabilidade elevada de voltar após o tratamento (designada recorrência ou recaída do cancro).
O cancro do rim pode ser classificado como de baixo, intermédio ou alto risco, consoante o estado de saúde geral da pessoa, os resultados dos testes sanguíneos e a sua capacidade para desempenhar atividades diárias.
O tratamento principal para o carcinoma de células renais localizado é a cirurgia, designada nefrectomia. Nefrectomia significa remoção do rim e pode ser parcial ou total.
O cancro do rim tem um risco elevado de voltar a aparecer após a cirurgia (ou risco de recorrência) igual ou superior a 40%.
A terapêutica adjuvante é administrada após o tratamento principal (neste caso, a cirurgia) para diminuir o risco de o cancro voltar.
Identificar as pessoas com elevado risco de o cancro voltar após a cirurgia é fundamental para o sucesso desta terapêutica. No entanto, atualmente, não existe um modelo único para avaliar o risco de o carcinoma de células renais voltar a aparecer. Existem várias escalas de classificação de risco, mas não existe uma que seja generalizadamente utilizada.
Os fatores de risco para a recorrência após nefrectomia são:
Vários tratamentos têm sido investigados em ensaios clínicos como possíveis terapêuticas adjuvantes no cancro do rim, sem resultados definitivos nomeadamente com terapêuticas dirigidas. Mais recentemente, também a imunoterapia, um tratamento inovador em Oncologia, começou a ser investigada como possível terapêutica adjuvante no cancro do rim, com resultados promissores.
Para avaliar a eficácia de uma nova terapêutica, os ensaios clínicos procuram alterações em determinados indicadores. Um deles é a sobrevivência livre de doença, que diz respeito à extensão de tempo após o tratamento em que a pessoa vive sem sinais do cancro.